O hábito de roer unhas pode começar a
partir dos três ou quatro anos de idade. A onicofagia, como esse costume
é chamado, pode ser considerado normal para essa fase do desenvolvimento da
criança, já que o roer tem certa relação com a “independência” do pequeno.
Explicamos:
é na faixa dos 3 ou 4 anos que a criança começa a fazer coisas sozinhas. É o
início dos desafios, pois já não recebe tudo prontinho como na fase de bebê.
Acontece que às vezes ele consegue passar pelos obstáculos apresentados. Mas
outras não. E quando não consegue executar algo, o pequeno pode ficar ansioso. O
que ele pode fazer para minimizar a tensão? Isso mesmo: roer a unha.
Esse
hábito pode ser passageiro ou então durar até os 16, 18 anos, com picos de
melhora e piora. Para alguns, pode permanecer durante toda vida.
Além
da tensão e ansiedade, outros fatores contribuem para esse péssimo hábito. O
tédio, o cansaço e o estresse. Pouca atividade ou em excesso são prejudiciais.
Muitas
vezes o roer de unhas pode ser uma imitação dos pais, do irmão ou de um
amiguinho da escola e nem sempre provém de alguma ansiedade. É bom estar de
olho nos modelos que a criança copia. Normalmente, a imitação é um hábito
passageiro.
Algumas
dicas auxiliam os pais a ajudar os filhos a cessarem o roer de unhas. Uma das
mais importantes é não reforçar. Portanto, não adianta chamar a atenção ou dar
bronca quando a criança estiver roendo a unha. Com isso, os pais chamam a
atenção para o hábito, reforçando-o, dando a atenção que toda criança gosta –
mesmo sendo uma advertência. Que coisa, né.
Castigos,
colocar pimenta ou outra substância amarga nos dedos também não resolve. Para a
criança, parece que os pais estão punindo-a. Não há motivo para punição, já que
roer as unhas é um ato compulsivo e não porque a criança quer.
Se
os pais perceberem que os filhos roem as unhas em momentos de tensão, evite que
assistam a filmes ou desenhos que contenham perseguições, suspenses ou de
terror.
Driblando
esse mau costume - A
melhor maneira de acabar ou diminuir a oniofagia é conversar e conscientizar a
criança sobre o mau hábito. Dizer que é perigoso para a saúde, já que as unhas
estão normalmente sujas e pode entortar os dentes. A criação de gestos para ser
usado na frente de outras pessoas que só você e o seu filho saibam para que ele
retire a mão da boca é importante para que não se sinta envergonhado.
Realizar
atividades relaxantes com a criança e oferecer um espaço para que expresse seus
medos, angustias e dúvidas são muito importantes. Promova elogios a todas as
atividades que a criança consiga realizar e incentive as que não consegue.
Nunca deprecie ou humilhe na frente de outras pessoas.
Se
a criança estiver roendo as unhas, não chame a sua atenção. Simplesmente lhe dê
um brinquedo, peça para que te ajude em alguma atividade ou peça para que
cantem uma música juntos. A criança sem perceber cessará o hábito.
A
preocupação pode aumentar quando a criança rói as unhas e ainda apresenta um
comportamento incomum, como agressividade, medos exagerados, choro e baixa
tolerância a frustração. Nesses casos, é melhor procurar ajuda especializada de
um psicólogo, pois mostra que a criança não está conseguindo sozinha resolver
seu conflito.
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br
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